quinta-feira, 15 de março de 2012

Eleições 2012 e as redes sociais


Amira Laila

O papel das redes sociais na política ganhou destaque com a candidatura presidencial de Barack Obama, em 2008. Na época, o atual presidente dos Estados Unidos utilizou em sua campanha o Twitter, Youtube, Facebook e Flickr, no qual a maior parte das fotos de seu perfil eram envidas por eleitores partidários. Entretanto, o maior acerto de Obama foi a criação de sua própria rede social (mybarackobama.com) onde os eleitores puderam criar seus próprios blogs para discursos, discussões e envios de recomendações políticas.

Chegamos ao ponto central dessa nova realidade. Como fazer o melhor uso dessas novas ferramentas? Ninguém está totalmente preparado para lidar com as inúmeras possibilidades que as redes sociais contemplam diariamente, mas o fato é que a classe política não pode ficar fora delas.

Não pelo fato de ser mais uma potente mídia com amplo poder de alcance na divulgação de uma campanha, onde é possível ao candidato mostrar toda a sua plataforma eleitoral. Sim, isso é importante, mas não o mais importante.
O ponto central é que a democracia ganha força no momento que o cidadão passa a ter contato direto com a classe política, de forma prática, ágil e transparente. Onde muitos pensam que este contato é virtual, Obama e seus eleitores deixaram claro que este contato é pessoal e real.

O eleitorado quer mais, precisa de mais, quer ser convencido que vale a pena apostar no candidato. As redes sociais mostram os pleiteantes com mais clareza, pois além da vida pública pode-se participar do cotidiano dos futuros governantes, o que muitas vezes faz toda diferença na hora de eleger um candidato e acompanhar o seu trabalho como eleito.

As novas mídias são as janelas para debater sobre o bem social. É possível ver novos parâmetros sobre os preceitos de um candidato que vão além de propaganda, consegue-se um diálogo e com isso o eleitor ganha ferramentas que contribuem para uma avaliação precisa sobre os valores ideológicos daquele que ganhará seu voto.

Em termos de eleições, outra grande vantagem das mídias sociais é inclusão cada vez maior de jovens participativos na política. É um meio mais "descolado" e por onde as notícias e opiniões deles fluem mais rapidamente. E é uma felicidade ver o jovem pensando em um futuro melhor para o seu colégio, seu bairro, a sua cidade, seu estado e seu país.

Estamos cada vez mais ligados. Tudo está cada vez mais ligado! Nossas ações ficam expostas com mais rapidez e transparência. E isso é motivo para comemoração. O trabalho que é feito com dignidade, responsabilidade e respeito agora ganha mais força e reconhecimento da população.